No
capítulo VIII do O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 20 temos a comunicação de um espírito que quando
encarnado foi um cura de Ars, ou seja, foi um vigário da cidade chamada Ars (interior da França) cujo nome era Vianney (foto acima). Ele realizava
curas quando estava encarnado.
Esse capítulo nos mostra uma pessoa cega que procurou um (a) médium para evocar Vianney para que este a curasse.
Esse capítulo nos mostra uma pessoa cega que procurou um (a) médium para evocar Vianney para que este a curasse.
Vianney atendeu ao chamado e disse: “Por que me
chamaste? Para que eu imponha as mãos sobre esta pobre sofredora que está aqui,
e a cure? Ah, que sofrimento, bom Deus! Perdeu a vista e as trevas se fizeram
para ela. Pobre criança! Que ore e espere. Todas as curas que obtive, e que
conhecem, não atribua senão Àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas
aflições, voltai sempre os olhos para o céu, e dizei, do fundo do coração: “Meu
Pai, curai-me, mas fazei que a minha alma doente seja curada antes das
enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que
a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes
. . .”
·
A primeira observação que fazemos
nessa comunicação é que,
Vianney deixa claro que
as curas que realizava só eram possíveis porque Deus
permitia. Pois, muitos não conseguem obter a cura, e acabam achando que o curador
é um charlatão, etc. Na verdade, é que Deus não permitiu. Porque Ele sabe o que
é melhor para nós. O médium curador (santos e santas) é (são) apenas um
instrumento de Deus.
·
A segunda observação é que “Não
há doença, há doente”, como disse Joanna de Ângelis. A Terra é um planeta que ainda abriga Espíritos rebeldes à
lei de Deus, ignorantes e maldosos. Portanto, são Espíritos doentes (da alma).
Quando curarmos as doenças da alma, ou seja, quando tivermos o coração
livre das impurezas, não haverá mais doenças no corpo físico.
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A terceira observação é em relação a nossas aflições. Quando uma
aflição não é consequência dos atos da vida presente, é necessário procurar a
sua causa numa vida anterior. Lembrando que a maioria das aflições são causadas
na vida presente. Vivemos abusando do nosso livre arbítrio, correndo na contra
mão da vida a 200 km por hora, e dizendo que as conseqüências são do passado.
Por exemplo: Um dia, um pai chegou a Chico Xavier e disse que o filho havia
morrido num acidente de carro, e que ele queria saber se era um
"carma" que o rapaz tinha que passar. Chico respondeu que era falta
de "calma” nessa vida, o rapaz corria demais com o carro, foi
imprudência.
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A quarta observação é sobre pessoas que procuram nos Centros Espíritas
o dia de “consulta”. Essas pessoas,
geralmente, querem dos Espíritos um milagre, como fez a cega que buscou a
médium para evocar Vianney. Elas não buscam “consultar” os livros da
Codificação que explicarão o porquê das dores e aflições, ou então, “consultar”
os Espíritos de Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Bezerra de Menezes,
etc., através dos livros espíritas, que
são orientações baseados no receituário divino que é o Evangelho, trazido pelo
médico de nossa alma, que é JESUS. Somente seguindo esse receituário divino
curaremos as chagas de nossa alma, para não sofrermos dores e aflições no
futuro. O remédio desse receituário, ás vezes, é amargo. Por isso muitos fogem,
querendo um “milagre” que não
precise fazer o sacrifício de engolir o remédio da abstinência dos vícios, dos
erros, das falhas morais. As pessoas não querem entender as propostas de Jesus,
não querem fazer a reforma íntima, enfim, só querem receber, mas não querem
sacrificar, renunciar às coisas que lhe fazem mal.
Evidentemente, não é fácil. Cada encarnação é como um filme, mudam os cenários, mas o enredo é sempre o mesmo: começamos a vida como “mocinhos”, dispostos a mudar o mundo e, geralmente, terminamos como “bandidos”, comprometidos por vícios e mazelas (fraquezas). Como diz André Luiz: “contra a pálida réstia de luz do presente, simbolizada pelo desejo de melhorar, há montanhas de trevas do passado.”
Evidentemente, não é fácil. Cada encarnação é como um filme, mudam os cenários, mas o enredo é sempre o mesmo: começamos a vida como “mocinhos”, dispostos a mudar o mundo e, geralmente, terminamos como “bandidos”, comprometidos por vícios e mazelas (fraquezas). Como diz André Luiz: “contra a pálida réstia de luz do presente, simbolizada pelo desejo de melhorar, há montanhas de trevas do passado.”
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