sábado, 2 de março de 2013

A PRECE DO ATEU



Conta-se que um farmacêutico era muito bom, cumpridor de seus deveres, de princípios retos, mas que simplesmente não acreditava em Deus.
Certa feita, fechava a farmácia quando entrou uma menina que suplicava para que ele manipulasse um remédio para sua mãe que estava muito enferma.
O farmacêutico, apesar de contrariado, pois tinha um compromisso, decidiu atende-la.
Apanhou a receita, foi ao laboratório e rapidamente preparou o remédio com a mistura recomendada.
A menina pagou, agradeceu e partiu apressada.
O bom homem voltou ao laboratório para guardar o material usado.
Estarrecido, verificou que na pressa havia trocado vidros, usando uma substância extremamente tóxica que, se enjerida pela mulher, provocaria sua morte.
Apavorado, correu à entrada da farmácia, olhou a rua em todas as direções, foi até a esquina . . . Não mais viu a menina.
E agora?
Não conhecia a paciente. Não reparara no nome do médico. Não havia a mínima chance de desfazer o engano.
Atordoado, sentindo-se na iminência de converter-se num criminoso, matando a pobre mãe com seu descuido, caiu de joelhos e, erguendo o olhar, falou, suplicante:
- Deus! Se você existe, ajude-me! Não quero transformar-me num assassino!E chorava copiosamente, repetindo:
- Ajude-me! Ajude-me! Por misericórdia, Senhor!Alguém tocou de leve em seus ombros.
Voltou o olhar assustado.
Então, num sorriso de espanto e alívio, viu que era a menina.
- Ah! Meu senhor, uma coisa terrível aconteceu. Tão afobada eu estava a correr, na ânsia de levar o remédio para minha mãe, que caí, não sei como. O vidro escapou-me das mãos e se espatifou. Não tenho dinheiro para outra receita. Por favor, atenda-me, em nome de Deus!O farmacêutico suspirou emocionado:
- Sim, sim, minha filha! Fique tranqüila! Eu lhe darei o remédio, em nome de Deus!Preparou o remédio com muito cuidado, sem pressa. Entregou à menina e recomendou-lhe prudência. Depois fechou a farmácia e, ajoelhou-se novamente, murmurou em meio a lágrimas ardentes:
- Obrigado, meu Deus! 


 
No livro "Os Mensageiros", no capítulo "Efeitos da Oração", André Luiz ouve a seguinte frase do Espírito Aniceto:
"Não há prece sem resposta".
 

“Deus sempre responde nossas preces, nem sempre da forma que queremos, mas sempre da forma que necessitamos.”



"Lembremos que 'não' também é resposta".







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