quinta-feira, 7 de abril de 2016

INFÂNCIA NA VISÃO ESPÍRITA


POR QUE O ESPÍRITO NECESSITA PASSAR PELO ESTADO DA INFÂNCIA?

Porque durante esse período, é mais fácil assimilar a educação que recebe, de seus pais ou daquele que está com a responsabilidade de educá-la, de auxiliá-la no adiantamento. As crianças são seres que Deus manda para novas existências. Nós não conhecemos o que a inocência das crianças esconde. Para que os Espíritos não possam mostrar excessiva severidade, eles recebem todo o aspecto da inocência. Essa inocência, muitas vezes, não constitui o que realmente eram antes. É a imagem do que deveriam ser, e não o que são. As más inclinações são cobertas com o esquecimento do passado. O amor dos pais se enfraqueceria diante do caráter áspero e intratável do Espírito encarnado. Pois não sabemos se o Espírito que recebemos com todo amor, possa ter sido um assassino, um amigo, um inimigo, um viciado, etc. Na adolescência surge o caráter real e individual, por isso mudam tanto de comportamento. Devemos educar nossos filhos desde o berço, e começar a conversar com eles desde os 4 anos, sem esperar pelos 12, 13 anos. Os frutos plantados na infância serão colhidos na adolescência. Dentro dos lares, possivelmente, nascem crianças cujos Espíritos vêm de mundos onde contraíram hábitos diferentes, trazendo paixões diversas das que nutrimos, inclinações, gostos, inteiramente opostos aos nossos. Por isso, a fase da infância é importante. É nela que poderemos reforçar o que for bom e, reprimir os maus pendores. Esse é o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas. Kardec pergunta aos Espíritos: PODE SE CONSIDERAR COMO MISSÃO A PATERNIDADE? E eles respondem: “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro (...)” (Questão 582 - O Livro dos Espíritos).
Assim, portanto, a infância não é só útil, necessária, indispensável, mas também conseqüência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo. Chico Xavier coloca: “Criança que gosta de rasgar papéis é uma criança até certo ponto agressiva. Não podemos permitir que tenha uma liberdade nociva. Crianças que destroem brinquedos, objetos domésticos, estragam paredes, móveis, matam animais e plantas, gritam continuamente, explodem em birra à menor contrariedade, demonstram ervas daninhas que devem ser combatidas pelos pais, para que não se transformem em caminho para a irresponsabilidade e o crime, gerando violência. Habituando-os desde pequenas transgressões, à disciplina e ao equilíbrio, estaremos imunizando-os contra grandes atitudes de desequilíbrio.” No ambiente familiar, numa hierarquia natural das leis da vida, compete aos pais o dever de exercer o poder, a autoridade, sem confundir com autoritarismo. A receita está sempre no equilíbrio, conforme lembra Emmanuel: “NEM FREIO QUE OS MANTENHA NA SERVIDÃO, NEM LICENÇA QUE OS ARREMESSE AO CHARCO DA LIBERTINAGEM.” No Antigo Testamento, no livro de Provérbios, 13:24 diz: “QUEM POUPA A VARA, ODEIA SEU FILHO; QUEM O AMA, CASTIGA-O NA HORA.” Obviamente, não devemos entender a vara como símbolo de violência, mas sim como: disciplina, energia, vigilância, a análise das más tendências, seguida de agentes reparadores, a orientação evangelizada, a palavra amorosa e firme nas decisões, o “sim” e o “não” no momento certo, a ordem paterna ou materna que leve ao cumprimento dos deveres. Porque “AQUELE QUE ESTRAGA SEUS FILHOS COM MIMOS TERÁ QUE PENSAR AS FERIDAS.”(Eclesiástico 30:7). O que vem ocorrendo nos lares é que a maioria dos pais e mães estão despreparados para enfrentar as dificuldades do trabalho educativo e acabam por tomar atitudes erradas, tanto na prevenção quanto na terapêutica, para corrigir os problemas que surgem. Como disse André Luiz: “Na fase atual evolutiva do planeta, existem na esfera carnal raríssimas uniões de almas gêmeas, reduzidos matrimônios de almas irmãs ou afins, e esmagadora porcentagem de ligações de resgate. O maior número de casais humanos é constituído de verdadeiros forçados, sob algemas.” Portanto, diante dos ajustes de seus próprios problemas, os filhos tornam-se, muitas vezes, mais problemas. Com isso, muitos estragam seus filhos porque os liberam demais, outros prendem demais, outros os ignoram, transferindo, muitas vezes, a responsabilidade de educar para outras pessoas, ou então, superprotegem, transformando-os em egoístas, orgulhosos, frágeis diante dos problemas. Fazendo tudo para nossos filhos, eles acostumarão e acharão que todos terão que fazer o mesmo. Fraquejarão no primeiro obstáculo. Os meninos acharão que suas esposas deverão fazer tudo para eles e que eles não devem ajudar. E as meninas serão péssimas organizadoras do lar, e irão querer empregadas para mínimos afazeres, ou dependerão dos pais para tudo. Resumindo, provavelmente, terão um casamento fracassado. Portanto, não os carreguemos nos braços, caminhemos com eles, ensinando-os a caminhar por si próprios.
Como vemos, Deus nos empresta Seus filhos, na confiança que possamos devolvê-los melhores do que aqui chegaram, ou então, que os ajudemos a cumprir sua prova ou expiação. Apesar do conflito individual ou pessoal dos casais, lembremos que, Deus não nos dá um fardo maior que possamos carregar. Se ele nos dá essa incumbência, é porque Ele acha que somos capazes para cumprirmos tal missão.
 
 
(Texto retirado por Rudymara dos livros: “Um desafio chamado família” e “O Livro dos Espíritos” questões 379 a 385).
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

DEUS NOS DISTINGUE PELAS VIRTUDES

Por, ainda, nos encontrarmos num grau evolutivo inferior é que nos intitulamos melhores que nosso próximo por eles serem diferentes de nós em alguma coisa: raça, posição social, gordo ou magro, por usar óculos, por ser de outra religião, orientação sexual, etc. Mas, a lei divina não irá nos julgar pela cor da nossa pele, pela quantia que temos no bolso, etc. Mas, pela maneira que nos comportamos e/ou utilizamos tudo isso. Como disse Lacordaire: "Todos os homens são iguais na balança Divina e só as virtudes nos distinguem aos olhos de Deus."
 
Rudymara
 
 
 
 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

AGIR OU REAGIR?

 
 
Divaldo Pereira Franco fez muitas palestras nos presídios. Em uma delas ele disse aos detentos que precisamos aprender a AGIR. Porque o animal REAGE quando se sente ameaçado. Ele morde, pica, dá coice. Mas, o homem, é um ser racional, portanto deveria aprender a AGIR ao invés de REAGIR. E finalizou a palestra dizendo aos detentos que, se muitos deles não tivessem reagido não estariam ali.
Joanna de Ângelis explica: "Há quem diga que, não reagir a uma agressão ou a qualquer outro ultraje sofrido, é um ato de covardia moral. Crê-se mesmo que, por falta de reação a muitos males que dominam os arraiais terrenos, estes proliferam assustadoramente....Quem raciocina com acerto e sabe avaliar o significado do bem não reage, não agride, não investe contra; todavia, atua com equilíbrio, educa com segurança, compreende a falha alheia, e a desculpa . . .A vida possui duas faces: a boa e a má. "Se alguém te bater numa face - disse Jesus - apresenta-lhe a outra." Uma é a face da violência, do orgulho ferido, da vaidade mesquinha, do medo. A outra é a da paz, da confiança no bem, da vitória do amor, da dignidade. Faz-se preciso, para contrabalancear a penosa situação de belicosidade entre os homens, que alguém apresente o outro lado do comportamento, que jaz oculto, mas que eleva e dignifica a criatura...Age, portanto, com o lado do teu comportamento, auxiliando a instalação do bem na Terra. Jesus jamais revidava mal por mal... "
Pensemos nisso!

Compilação de Rudymara
 
 
 

 

DEUS RESPONDE TODAS AS PRECES

 

 
Lembremos que "NÃO" também é uma resposta. Como explica Allan Kardec no prefácio da prece "NAS AFLIÇÕES DA VIDA" no O Evangelho segundo o Espiritismo: "Podemos pedir a Deus favores terrestres e Ele poderá nos conceder, quando tais favores tenham fim útil e sério. Mas, como julgamos a utilidade das coisas através do nosso ponto de vista interesseiro, e porque a nossa vista está limitada ao presente, nem sempre vemos o lado mau daquilo que desejamos. Deus, que vê melhor, e vê o nosso bem, poderá recusar o que pedimos, qual um pai recusa ao filho o que lhe possa ser prejudicial. Se o que pedirmos não nos for concedido, nem por isso devemos desanimar. É preciso, ao contrário, supor que a privação daquilo que almejamos nos é imposta como prova ou expiação, e que a nossa recompensa será proporcionada à resignação com que a houvermos suportado."


Rudymara